“Os senhores me deram a palavra e eu esperava que cumprissem, como não cumpriram, estou aqui para cobrar. Foi falado que não ia passar nada e já passaram uma ou duas coisas da educação. Eu queria ver o que a gente pode fazer. Venho de novo nessa tribuna para pedir a valorização, quero saber como a gente fica”, explicou a servidora. Segundo ela, orientadores, cargo de nível médio, recebem salários de fundamental, e pessoas da limpeza e da merenda só vêm garantindo a insalubridade por via judicial.
“Quando precisou as escolas estavam todas alarmadas por questão de segurança, quem estava fazendo a segurança dos portões eram os orientadores. A gente faz nosso papel na portaria, na segurança, o pessoal dando duro na cozinha, limpeza, biblioteca, secretaria, os oficiais. A nossa parte é feita, mas como a gente fica? Os senhores ainda têm até dezembro e eu quero saber como vai ficar”, questionou Patrícia.
A partir dessa fala, o vereador Laércio Lopes (PL) reconheceu o compromisso não cumprido e pediu desculpas à servidora. “Eu preciso pedir desculpas, antes de mais nada, por assumimos esse compromisso. Os 15 vereadores sabem das minhas lutas com as pautas da educação, mas é uma pauta que precisa vir do Executivo, eu não posso ir lá e ameaçar o prefeito para ele enviar isso para cá. Eu solicitei, pedi isso para eles, em todas as reuniões, quando foram os supervisores, os diretores, mas muitas vezes eram questões que parariam departamentos”.
O vereador Tarzan (PP), também confirmou o compromisso assumido e projetou uma possível solução ainda neste ano. “A senhora tem razão. Você tem um papel importante como servidora pública e como cidadã, acompanhou muitas reuniões, prestou seu depoimento, ajudou na fiscalização. A senhora tem uma abertura com a Coronel Duch e poderá fazer essa ponte com ela, porque o prefeito (Tassinari) disse, quando nomeou o decreto de transição, que todos os projetos de lei que a Coronel Duch pedisse, ele iria encaminhar”.
Presidenta da Comissão de Educação, a vereadora Débora Marcondes (PSDB) reforçou a importância da luta dos QAE. “Nem o que é de direito o governo pagou, isso é uma vergonha. Mas a Câmara não pode criar uma lei para dar nenhum tipo de gratificação, aumento, mudança de referência, isso não faz parte das nossas atribuições, está na Constituição Federal. Você tem uma parceira na prefeita, então é o momento de se unirem, porque essa é uma pauta que deve ser corrigida com urgência. Tem merendeira recebendo menos que um salário mínimo”.
A 68ª Sessão Legislativa
Como não houve matérias aprovadas em comissões nos últimos dias, a Câmara não teve projetos na ordem do dia nesta quinta. Assim, não houve projetos para votação e a sessão teve apenas as falas dos vereadores e da servidora, além da participação da prefeita eleita Coronel Duch, que falou sobre o futuro governo.A íntegra da 68ª Sessão Legislativa de 2024 da Câmara Municipal de Itapeva está disponível através do Facebook da Câmara. A próxima sessão ordinária está marcada para as 20h da segunda-feira (14).